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Como lidar com a sonolência e evitar acidentes na estrada

24 de outubro, 2017

Muitos condutores ainda não dão a devida importância para uma das práticas mais perigosas no trânsito: cochilar na direção. A sonolência ao volante é a segunda maior causa de acidentes nas rodovias brasileiras – segundo uma pesquisa realizada pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e publicada em março deste ano, até 20% de todos os acidentes de trânsito têm como principal causa o sono dos motoristas.

De acordo com o estudo, mais da metade dos condutores assumiu que tem o hábito de dirigir após uma noite mal dormida e 40% deles revelaram já ter ziguezagueado na estrada. Metade dos participantes da pesquisa já parou na via por sentir sono.

Dados da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostraram que uma pessoa que passa 19 horas sem dormir sofre uma diminuição dos reflexos equivalente à observada numa pessoa embriagada. Com o cansaço, um motorista que está sem dormir corre o risco de tirar pequenos cochilos na direção involuntariamente e, ainda que durem poucos segundos, podem causar grandes estragos caso o condutor esteja em alta velocidade.

 

Sinais de alerta

Os indícios da sonolência são facilmente identificáveis e incluem distúrbios visuais (a vista pode ficar embaçada, por exemplo), bocejos contínuos, dificuldade de concentração e de se manter alerta. O sono influencia também no comportamento: enquanto algumas pessoas ficam irritadas e agitadas, outras ficam muito quietas. Nos motoristas, os sintomas do sono os expõe à transtornos como:

  • Dificuldade em manter os olhos abertos, que pode levar a colisões traseiras;
  • Dificuldade em manter a velocidade estável, podendo fazer com que o caminhão saia da pista;
  • Não notar sinalizações, retornos ou errar o caminho;
  • Pensamentos desconexos.

 

Causas da sonolência e como evitar cair no sono ao volante

Passar muitas horas seguidas na direção sem fazer pausas para descanso é a principal causa do sono e da fadiga em caminhoneiros. Dormir poucas horas e dirigir durante à noite também estão entre os fatores que aumentam a sensação de sonolência. Até mesmo o ato de dirigir em si, em estradas com poucas curvas, pode induzir o condutor à sonolência.

Para tentar driblar os efeitos do sono, muitos caminhoneiros recorrem a medidas paliativas como tomar café, lavar o rosto com água fria, pegar vento gelado ou dirigir ouvindo música alta. Mas nada disso resolve: passados alguns minutos, a sonolência está de volta.

Saiba que medidas podem ser tomadas para evitar cair no sono ao volante e garantir uma viagem segura:

 

Mantenha uma rotina de repouso. A maioria das pessoas precisa de oito horas de sono para se sentir descansada, mas esse tempo pode variar. O ideal é dormir de maneira regular e habitual para estar bem-disposto antes de pegar a estrada.

 

Descanse. É recomendável evitar dirigir durante longos períodos sem fazer uma parada para dormir. Mas se isso não for possível, estacione o caminhão em um lugar seguro quando estiver se sentindo sonolento e tire um cochilo de no máximo 15 minutos dentro da cabine.

 

Evite dirigir à noite e após o almoço. De acordo com o estudo da ABN, os horários em que há maior incidência de acidentes são após o almoço, entre 12h40 e 14h, e à noite, entre 22h e 6h – com um período crítico entre às 3h30 e 5h30. Isso acontece porque nesses períodos há um declínio na temperatura do corpo, que libera melatonina e nos induz ao sono. Se puder, evite estes horários.

 

Observe a bula de remédios. Muitos remédios têm a sonolência como efeito colateral. Por isso, caso esteja fazendo um tratamento com fármacos, leia a bula para saber se pode dirigir logo após ingerir o medicamento. Na dúvida, consulte o seu médico.

 

Fuja do rebite. Para conseguir dirigir durante várias horas seguidas sem descanso muitos caminhoneiros utilizam anfetamina. Embora seja eficaz em um primeiro momento, ela provoca enorme fadiga em seguida. Além disso, a substância tem efeitos colaterais sérios, cria dependência e acaba provocando distúrbios de sono. Um grande problema a longo prazo.

 

Fonte: Brasil Caminhoneiro

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